Governo faz balanço da Operação Veraneio

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Governador Colombo faz balanço da Operação Veraneio FOTO: Fábio Queiroz/Agência AL

O governador Raimundo Colombo, juntamente com secretários de Estado e representantes dos órgãos públicos envolvidos com a Operação Veraneio, reuniu a imprensa na manhã desta terça-feira (22), no Centro Administrativo, em Florianópolis, para fazer um balanço da temporada.

A mobilização, que teve início no dia 22 de dezembro do ano passado e termina oficialmente em 29 de fevereiro, é considerada a maior do seu tipo já realizada no estado, com o emprego de 9.165 mil profissionais, entre policiais militares e civis, bombeiros militares e técnicos do Instituto Geral de Perícias (IGP).

Segundo o secretário de Estado da Segurança Pública, César Grubba, 50 municípios, tanto do litoral, quanto do interior do estado, fazem parte da área de abrangência da operação. “As ações concentraram-se principalmente em 157 praias, 35 balneários e 17 estâncias hidrominerais, onde houve um total investido de R$ 26 milhões, considerando todos os órgãos envolvidos.”

Segundo os números divulgados pela própria secretaria, o aparato, entretanto, não foi suficiente para impedir o aumento dos índices de violência no período. Os registros, contabilizados até o dia 15 de fevereiro, apontam elevação nos números referentes a roubos em geral (+2,4%) e a residências (+4,0%), a homicídios (+20,7%), às ocorrências envolvendo drogas (2,06%), aos crimes sexuais (+16,76%) e aos casos de violência doméstica (+4,37%).

Paralelamente, houve uma redução nos registros de roubos a veículos (-15,4%), no comércio (-30,5%), a transeuntes (-10,5%), nos casos de latrocínio (-81,8%), de desaparecimentos de pessoas (-61%) e de furtos em geral (-7,8%).

Alento para as finanças públicas
Se o período não foi de boas notícias para a área de segurança, por outro lado mostrou-se generoso para o trade turístico e para as finanças do Estado.

Presente ao evento, o secretário de Estado de Turismo, Cultura e Esportes, Filipe Melo, qualificou a atual temporada como uma das melhores já registradas. A pasta estima que 8 milhões de turistas, entre catarinenses, brasileiros de outros estados e estrangeiros, circulem pelo estado até o final do mês.

Os números, disse, podem ser ainda maiores, já que são baseados nos registros hoteleiros e não levam em conta as hospedagens informais, feitas em residências particulares. “A temporada está sendo um absoluto sucesso, uma das melhores de todos os tempos sob os aspectos turísticos, pois está sendo bem distribuída por todas as regiões, o que para nós é fundamental para podermos mostrar mais todos os nossos produtos turísticos, além da praia.”

O incremento no setor turístico, acrescentou Raimundo Colombo, também foi fundamental para que o Estado pudesse manter suas contas equilibradas em um período de baixa na economia do país. “Estamos tendo um ano muito difícil, com queda de atividade econômica em setores vitais, então estamos tendo que fazer esforço enorme para minimizar seus efeitos. Nossos indicativos estão melhores graças a esta movimentação turística, que possibilitou gerar empregos, movimentar o comércio e incrementar a arrecadação de impostos.”

Problemas de saneamento
Outro destaque da coletiva foram as apresentações feitas pelos presidentes da Celesc, Cleverson Siewert, e Casan, Valter Galina, sobre as ações tomadas pelas empresas durante o período.

Siewert relatou uma temporada sem sobressaltos, com um esperado crescimento da demanda de eletricidade para o período, mas sem picos que superassem a capacidade do sistema energético do estado. “Tivemos até mesmo uma redução do consumo, em torno de 5%, devido a retração da atividade industrial e também pelo próprio aumento do custo das tarifas de energia. Os picos de consumo foram registrados nos últimos dias do ano passado, em 4.744 megawatts, mas nunca acima da capacidade do sistema energético do estado.”

No que se refere à oferta de água, Galina afirmou também ter sido uma temporada conforme o planejado, sobretudo no Norte da Ilha de Santa Catarina, onde no verão a demanda pelo produto aumenta em torno de 30%. A situação de conforto, disse, só foi possível graças à construção de uma unidade de floco-decantação e de um novo reservatório. “Essas obras foram importantes, não só para aumentar a quantidade, mas também para diminuir a turbidez da água oferecida para a região.”

O outro lado da moeda, acrescentou Galina, foram as críticas que a empresa recebeu por conta dos serviços de saneamento, especialmente sobre a falta de balneabilidade nas praias. Em todo o estado, 38% delas foram consideradas impróprias para banho e em Florianópolis, o índice chegou a 51%.

Apesar de altos, afirmou o secretário, os números dos municípios catarinenses são compatíveis com os de outras cidades litorâneas e de grande apelo turístico, onde a existência de redes de esgotos é prejudicada por ligações irregulares e pela falta de um sistema de drenagem. “Isso acontece até mesmo em municípios com 100% de cobertura, como Santos. A chuva cai, alaga e leva todo o lixo e detritos para o mar, impactando diretamente na balneabilidade das praias”, ressaltou.

Ao final, o secretário também expôs o posicionamento da empresa sobre a poluição do rio do Braz, que deságua na praia de Canasvieiras, em Florianópolis. “A Casan se propõe a despoluir este rio, mas todos os atores envolvidos têm que participar e se comprometer a fazer a sua parte.”

Também participaram da coletiva o vice-governador Eduardo Pinho Moreira; os presidentes da Santur, Valdir Walendowski, e da Fatma, Alexandre Waltrick; os comandantes-gerais da Polícia Militar, coronel Paulo Henrique Hemm, e do Corpo de bombeiros Militar, coronel Onir Mocelin; e o delegado-geral da Polícia Civil, Artur Nitz.

Redação
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Portal do notícias Folha do Estado especializado em jornalismo investigativo e de denúncias, há 20 anos, ajudando a escrever a história dos catarinenses.
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