BRASIL REGULA ABATE E PROCESSAMENTO DE ANIMAIS PARA MERCADO RELIGIOSO

A diversidade religiosa no Brasil é refletida diretamente na alimentação e no consumo da população, que, somadas à expansão das exportações de produtos de origem animal para países asiáticos, criaram um mercado específico e cheio de potencial: o do abate religioso de animais para o açougue.

AGROLÂNDIA – ONG QUE COMBATE CORRUPÇÃO VAI INVESTIGAR SUSPEITA DE LAVAGEM DE DINHEIRO ATRAVÉS DE LEILÕES

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Após a Folha do Estado ter trazido à tona a matéria do dia 14/04, tratando das suspeitas em relação ao leilão “com várias suspeitas, na região de Agrolândia, várias denúncias aportaram nossa redação.
Posteriormente, publicamos uma matéria sob o título “suspeita de “máfia” operando leilões de imóveis na região de Agrolândia – Rio do Sul”, e aí “choveram” denúncias e informações referentes a algo que talvez ninguém tenha se “antenado”: A possibilidade de empresas se utilizarem de leilões para praticarem a famosa “lavagem de dinheiro”.
As primeiras denúncias que chegaram à nossa redação já apontavam que algo de estranho poderia haver em alguns leilões. Mas, devido ao grande volume de informações diárias de um veículo de comunicação, nossa redação optou por tratar desse assunto caso chegassem mais informações que pudessem corroborar as denúncias recebidas.
Nos últimos 90 dias, chegaram várias informações que, se comprovadas, poderão exigir até mesmo a formação de uma Força-Tarefa da Polícia Civil, Ministério Público Estadual e do Ministério Público Federal e Polícia Federal, abrangendo pelo menos dois estados: Santa Catarina e Rio Grande do Sul, com a possibilidade de envolvimento de empresários e (pasmem ou não) políticos no suposto esquema.


Tudo começou a tomar contornos mais claros após algumas pessoas em Agrolândia começarem a procurar interessados em, supostamente “arrendar” uma área que foi arrematada em leilão.
Como “o peixe morre pela boca”, ainda mais em cidade pequena, começaram quase que imediatamente as trocas de informações (ave internet!), e muitas começaram a aportar nossa redação.
Devido ao volume de informações e, principalmente, à gravidade das mesmas, encaminhamos tudo à ONG Olho Vivo – Organização do Voluntariado Para o Combate à Corrupção no Brasil, que recebeu as informações, analisou o material recebido, e entendeu que realmente são relevantes para iniciar uma investigação sobre suposta existência de lavagem de dinheiro através de leilões.
Entre os materiais recebidos, vários áudios com informações de suposta lavagem de dinheiro através de leilões, bem como, da participação de empresas ou empresários, que estariam supostamente atuando em leilões para “lavar” dinheiro de alguns políticos.
Inclusive em pelo menos um dos áudios cita-se até mesmo um político muito influente no vizinho estado do Rio Grande do Sul.


O Jornal Folha do Estado ao enviar o material à ONG Olho Vivo, exigiu o sigilo absoluto das fontes, para preservar as pessoas que colaboraram de uma forma ou de outra nas denúncias, sendo que, as vozes não poderão ser identificadas caso haja qualquer futura divulgação, devendo serem editadas para se alterar seus timbres.
A ONG garantiu que tudo será respeitado e já marcou reunião para a próxima semana para definir como serão os trabalhos, quem serão os órgãos públicos que deverão ser acionados e qual será a linha inicial de investigação.
Segundo um dos diretores da entidade, “talvez o emaranhado seja fácil de se desfazer ou talvez seja algo realmente grande a ponto de exigir a formação de uma Força-Tarefa, mas vai depender muito da linha de investigação que vamos tomar, por isso não podemos trabalhar sozinhos e, mesmo tendo espaços até mesmo na imprensa nacional, vamos avaliar preliminarmente quais os órgãos públicos que deverão ser acionados com o desenrolar das investigações, bem como, se será formada parceria com o The Intercept Brasil”, afirmou o diretor.
“Mas, uma coisa é certa: Pelas informações que recebemos, acreditamos que pode sim haver lavagem de dinheiro através de leilões. Este pode ser um daqueles casos onde a imprensa atira no que vê, e acerta o que não vê”, finalizou o diretor da ONG, referindo-se à matéria da Folha do Estado que se referiu à “suspeita de máfia” atuando em leilão na região de Agrolândia.


De qualquer forma, coincidência ou não, uma das situações mais intrigantes e que começou a chamar a atenção, foi a informação do ocorrido com um loteamento localizado na região conhecida como Barra do Tigre, na cidade de Agrolândia, possuindo mais de 214.000 metros quadrados e com valor estimado de mercado de cerca de 2,7 milhões de reais, teria sido levado a leilão por um valor estimado em cerca de 460 mil reais e, curiosamente, dias após o arremate, a empresa estaria vendendo a mesma área por um valor inferior ao valor pago no leilão.
Neste caso específico, o proprietário original do imóvel teria uma dívida com o Banco Bradesco de cerca de R$ 110 mil e o leilão teria sido fechado por um valor de cerca de R$ 460 mil, e os R$ 350 mil da diferença até hoje não passaram nem perto das mãos do proprietário original do imóvel, estando, possivelmente, no famoso “lugar incerto e não sabido”.

Redação
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Portal do notícias Folha do Estado especializado em jornalismo investigativo e de denúncias, há 20 anos, ajudando a escrever a história dos catarinenses.
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