ESTADO LANÇA O 4º FASCÍCULO DO ATLAS GEOGRÁFICO DE SANTA CATARINA

O quarto Fascículo do Atlas Geográfico de Santa Catarina (Infraestrutura) foi lançado nesta quinta-feira, 18, no Hall de entrada do Centro Administrativo, em Florianópolis. O evento contou com a presença da coordenadora do projeto, professora Isa de Oliveira Rocha, do reitor da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), José Fernando Fragalli e do secretário de Estado do Planejamento, Edgar Usuy.

Bullying é fator em mais da metade dos ataques no Brasil

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Bullying é um ato caracterizado pela violência física e/ou psicológica, de forma intencional e continuada, de um indivíduo, ou grupo contra outro(s) individuo(s), ou grupo(s), sem motivo claro.

A palavra “Bullying” é de origem inglesa.

No Brasil, a palavra “Bullying” é utilizada principalmente em relação aos atos agressivos entre alunos e/ou grupos de alunos nas escolas. Até pouco tempo, o que hoje reconhecemos como Bullying, era visto como fatos isolados, “briguinhas de criança”, e normalmente família e escola não tomavam atitude nenhuma a respeito.

Atualmente o Bullying é reconhecido como problema crônico nas escolas, e com conseqüências sérias, tanto para vítimas, quanto para agressores.

As formas de agressão entre alunos são as mais diversas, como empurrões, pontapés, insultos, espalhar histórias humilhantes, mentiras para implicar a vítima a situações vexatórias, inventar apelidos que ferem a dignidade, captar e difundir imagens (inclusive pela internet), ameaças (enviar mensagens, por exemplo), e a exclusão.

Entre os meninos, os ataques mais comuns são as físicas. Ainda que não efetivada a agressão, os agressores costumam ameaçar, meter medo em suas vítimas.

Já as meninas agressoras costumam espalhar rumores mentirosos, ou ameaçarem e espalharem segredos para causar mal-estar.

As ameaças podem vir acompanhadas de extorsão, chantagem para obter dinheiro, sobretudo com alunos de 5ª e 6ª série.

Tanto as vítimas quanto agressores podem sofrer consequências psicológicas desta situação de abuso, porém o que normalmente acontece, é que todas as atenções dos responsáveis (pais e professores) se voltem para o agressor, visto como um marginal em potencial, e a vítima é esquecida.

O Bullying atrapalha inclusive a aprendizagem, sendo que normalmente os agressores são as crianças com maior porcentagem de reprovação.

Os casos de agressão, que acontecem por um período maior devem ser encaminhados para atendimento psicológico.

As pessoas agredidas pelo bullying apresentam alguns sintomas, como:

  • Distúrbio do sono

Problemas de estômago

  • Transtornos alimentares
  • Irritabilidade
  • Depressão
  • Transtornos de ansiedade
  • Dor de cabeça
  • Falta de apetite
  • Pensamentos destrutivos, como desejo de morrer, entre outros.

Bullying é um comportamento prejudicial agressivo intencional e repetido em que um mesmo indivíduo é alvo repetidamente. Pode ocorrer de várias formas:

  • Verbalmente – Através de xingamentos ou observações maldosas constantes;
  • Fisicamente – Bater, empurrar;
  • Relações interpessoais- Exclusão social, espalhando mentiras ou boatos;
  • Materialmente – Quebrando ou tomando pertences.

Quando o assédio ocorre através de tecnologias modernas de comunicação é chamado cyberbullying ou intimidação eletrônica. Esta forma relativamente nova pode incluir postagem de fotos constrangedoras, o envio de e-mails ou textos desagradáveis, mensagens maliciosas ou a zombaria de um alvo em sites ou redes sociais.

O bullying tem quatro atores:

  • o agressor
  • a claque que festeja o agressor
  • os espectadores passivos (alunos e professores)
  • a vítima

A falta de reação das vítimas (compreensível, na maioria dos casos) e a passividade dos espectadores são o principal obstáculo à erradicação do bullying.

Beloni de Fátima Silva

Acreditamos que desenvolvendo a capacidade empática das crianças e a rejeição à violência, o bullying passará a ser considerado como uma situação chocante que envolve também os espectadores. A partir dai acontece a rejeição social no grupo primário (a turma), e a ação institucional (professores, gestão).

O desenvolvimento da capacidade empática também limitará os festejos e a aprovação das claques, cujo estímulo acompanha os agressores.

A psiquiatra e psicanalista do Departamento de Psiquiatria da Unifesp Sara Mota Borges Bottino pesquisou a prevalência do ciberbullying em uma escola pública de São Paulo e identificou que, em um universo de 80 alunos entre 12 e 17 anos, 80% acessavam a internet todos os dias. “Cerca de 39,7% tinham feito ciberbullying, 43,4% tinham sofrido e 24% eram agressor e vítima ao mesmo tempo. Quem sofre tem quatro vezes mais chance de realizar o ciberbullying”, diz.

 

Redação
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Portal do notícias Folha do Estado especializado em jornalismo investigativo e de denúncias, há 20 anos, ajudando a escrever a história dos catarinenses.
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