COMBATE A CORRUPÇÃO REALIZA OPERAÇÃO ZERO GRAU E CUMPRE 21 MANDADOS DE BUSCA E APREENSÃO E SEQUESTRO DE BENS POR FRAUDES CONTRA A CELESC

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O prejuízo identificado pela investigação foi de R$ 3.316.352,83 em valores da época, todavia é possível que esse valor tenha ultrapassado R$ 10.000.000,00, valor de notas fiscais não reconhecidas pela própria Celesc.

A Polícia Civil de Santa Catarina, por meio da Delegacia de Combate à Corrupção (DECOR) da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (DEIC), em conjunto com o Laboratório de Lavagem de Dinheiro (LAB) da DEIC, deflagrou a Operação Zero Grau em sete cidades de Santa Catarina e Paraná nesta quinta-feira (05). Estão sendo cumpridos 21 mandados de busca e apreensão e sequestro de 49 veículos em Florianópolis, São José, Itajaí, Blumenau, Orleans, Pescaria Brava e Curitiba (PR).

Trata-se de Inquérito Policial instaurado para apurar fraudes ocorridas na Celesc, cuja suspeita é que foram praticadas à época por servidores da estatal em conjunto com empresários.

Segundo a investigação, a diretoria técnica da Celesc na época, com base em eventos emergenciais, como vendavais e tempestades, que ocorreram no ano de 2010, aprovou a realização de serviços nas regionais de Florianópolis, Joinville, Rio do Sul e Criciúma pela Divisão de Infraestrutura de Telecomunicações (DVIT), responsável pela parte de infraestrutura física de telecomunicações, repetidoras, torres, postes, fibra óptica, além dos telefones corporativos, fixo e móvel.

Esses processos de caráter emergencial, nominados de Ordem de Serviço (ODS) eram montados pelo assistente técnico do diretor e pelo diretor do DVIT e, posteriormente, avalizados pelo diretor técnico da empresa à época. No total foram investigados pela DECOR/DEIC sete ODS’s, sendo que em pelo menos seis há indícios suficientes que os serviços não foram prestados e o dinheiro foi locupletado pelos servidores da Celesc à época e por empresários.

O prejuízo identificado pela investigação foi de R$ 3.316.352,83 em valores da época, todavia é possível que esse valor tenha ultrapassado R$ 10.000.000,00, valor de notas fiscais não reconhecidas pela própria Celesc.

As referidas medidas cautelares foram expedidas pelo juiz da Unidade de Apuração de Crimes Praticados por Organizações Criminosas. O nome da operação Zero Grau é uma alusão à grande quantidade de notas fiscais frias emitidas por supostos serviços, os quais não foram  realizados pelas empresas/empresários. Prestaram apoio na operação as 11 Delegacias de Polícia Especializadas da DEIC, a Delegacia da Comarca de Orleans e as Divisões de Investigação Criminal de Blumenau e de Laguna.

Esta ação de combate à corrupção faz parte dos objetivos inseridos no planejamento estratégico da Polícia Civil.

Redação
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