PRESIDENTE EM EXERCÍCIO DESTACA HARMONIA NA RELAÇÃO ENTRE PODERES

O presidente da República em exercício, Geraldo Alckmin afirmou nesta quarta-feira (17), que a relação entre os poderes é harmônica e, ao mesmo tempo, agitada no Brasil. Segundo Alckmin, esse cenário decorre do ambiente de diálogo, uma característica do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

CPI da Ponte Hercílio Luz ouve dois depoimentos

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A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que apura possíveis irregularidades nas obras de restauração da ponte Hercílio Luz, em Florianópolis, ouviu nesta terça-feira (22) os depoimentos de duas figuras importantes do governo do Estado na condução dos trabalhos: os engenheiros Paulo Roberto Meller, presidente do Deinfra de 2011 a 2014, e Wenceslau Jerônimo Diotallevy, responsável pela fiscalização da obra de maio de 2012 a fevereiro de 2019.

Engenheiro Wenceslau Jerônimo Diotallevy, responsável pela fiscalização da obra de maio de 2012 a fevereiro de 2019 FOTO: Fábio Queiroz/Agência AL

Em seus questionamentos aos dois depoentes, o relator da CPI, deputado Bruno Souza (sem partido), deu destaque à falta de punição, por parte do Estado, ao consórcio Florianópolis Monumento por atrasos na obra. “As obras não estavam acontecendo e me parece que o Estado não tomou as medidas punitivas para o não cumprimento do contrato, ou seja, as multas e exigir as garantias necessárias”, afirmou o parlamentar.

O consórcio – formado pelas empresas CSA e Espaço Aberto – teve o contrato rescindido em 2014. Para o ex-presidente do Deinfra Paulo Meller, a decisão foi a mais adequada no momento e permitiu que a obra avançasse até o estágio atual, próximo à conclusão. “Se a obra vai ficar pronta é por causa da decisão do rompimento (do contrato) com a Florianópolis Monumento”, assegurou Meller. Na opinião do relator, mesmo antes da rescisão, o governo deveria ter aplicado as punições previstas em contrato.

Bruno Souza também questionou Meller sobre os motivos que levaram o governo a concordar com a cessão, pela Espaço Aberto, de parte dos rendimentos do contrato como garantia a um empréstimo de R$ 10 milhões a ser tomado junto ao Badesc. “Nós não tínhamos que concordar com nada, pois isso não trouxe qualquer custo ao contrato. Esta era uma operação entre uma empresa privada e um banco, e cabia ao banco analisar se deveria aceitar o contrato como garantia”, respondeu Meller.

Raimundo Colombo

Os dois depoentes garantiram que o então governador Raimundo Colombo acompanhava todos os passos da obra da ponte. “O governador pegou amor pela obra da ponte e ia lá todos os dias”, afirmou o engenheiro Diotallevy.

Bruno Souza protocolou pedido de convocação de Colombo para que ele preste depoimento à CPI. “Tenho a certeza de que o ex-governador tem essa disponibilidade e vai querer vir aqui para explicar esse período, que é importante para o pagador de impostos de Santa Catarina saber o que aconteceu com o dinheiro que ele pesadamente paga.”

O requerimento, no entanto, sequer foi posto em discussão ou votação pelo presidente da comissão, deputado Marcos Vieira (PSDB). Segundo Vieira, ele até poderia decidir monocraticamente sobre o deferimento do pedido, mas tem por hábito submeter assuntos como esse a todo o colegiado. “Como hoje não temos quórum para isso, prefiro esperar pela próxima reunião”, esclareceu o presidente. Além de Vieira e Souza, compareceram à reunião os deputados Sargento Lima (PSL) e Marlene Fengler (PSD).

Relatório final
A CPI tem quase dois meses para apresentar e votar o relatório final da investigação. Bruno Souza, a quem cabe elaborar o documento, está otimista e prometeu empenho para esmiuçar todas as informações colhidas. “Acredito que votaremos ainda esse ano e virá um relatório muito completo e detalhado como nunca se entrou na história da ponte Hercílio Luz. Vamos entregar um pouco de esclarecimento sobre essa história de ineficiência e desperdício”, concluiu.Marcelo Santos
AGÊNCIA AL

Redação
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