EDITORIAL: NÚMERO DE MORTES E DOENÇAS POR AGROTÓXICOS ESTÁ SUBESTIMADO

Quando ainda no governo de Jair Bolsonaro, a então ministra da Agricultura, a matrogrossense Tereza Cristina, pressionada por parceiros internacionais preocupados com a imensa quantidade de agrotóxicos liberada pelo governo, recorreu a mais uma mitologia para tentar explicar. Ela disse que o clima no Brasil não era favorável ao cultivo de orgânicos e só restava aos produtores a alternativa de bafejar pesticidas sobre as plantações. Ora bolas!

EPIDEMIA DE DENGUE EM ITAPEMA É CASO DE POLÍCIA

- Advertisement -

“A quantidade de casos em Itapema representa crescimento de cerca de 2.500% em relação ao mesmo período ao ano passado

O número de casos confirmados de dengue em Santa Catarina chegou a 1.573 em 182 municípios neste ano, um aumento de 29 vezes se comparado com o mesmo período de 2018, quando foram registrados 53 casos.

Os dados foram divulgados no último relatório da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive/SC), lançado nesta quinta-feira (18). O documento leva em conta informações coletadas até o dia 13 de julho.

Santa Catarina têm três municípios em condição de epidemia da doença, todos no Litoral Norte. Itapema possui o maior número de casos da doença, autóctones (contraídos no local), são 606 registros com uma taxa de incidência de 958,1 casos por 100 mil/habitantes.

Em Itapema a quantidade representa crescimento de cerca de 2.500% em relação ao mesmo período ao ano passado, quando o estado tinha 23 casos de dengue.

No crescente, a cidade sozinha conta com cerca de quase 50 de focos e de infectados com dengue, ou seja, os números mostram que os dados coletados registraram 606 casos, enquanto no restante dos 294 municípios catarinenses, 1.573 casos.

O número de municípios infestados passou para 94, com a inclusão do município de Vargeão, neste relatório. Em relação a 2018 que registrou 73 municípios nessa condição, houve um incremento de 28,8%. Segundo a Dive/SC a definição de infestação é realizada de acordo com a disseminação e manutenção dos focos.

No Estado foram registrados 24 casos de febre de chikungunya. Santa Catarina não teve paciente com vírus da zika neste ano. As três doenças são transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti.

A ONG Olho Vivo apresentou ao Ministério Público de Itapema, um pedido de providencias contra a OMISSÃO DO GOVERNO em controlar os focos, na denúncia da Entidade  aponta para uma série de amadorismos e de ineficiência de gestão que pode ter contribuído para o avanço da doença, cita ainda um termo de compromisso assinado em 23 de novembro de 2017, consta um termo de COMPROMISSO em que a gestora NILZA NILDA SIMAS, assume compromisso com a Secretária de Estado da Saúde para implementar políticas de prevenção a dengue no município, os alertas são claros e evidentes para redobrar atenção, situação esta que não fora atendido pelo governo da Gestora, contudo, em vistas aos boletins da DIVE-SC correlacionadas a data de assinatura do termo de compromisso com SSE/SC para as devidas confrontações, identificamos um avanço nos casos de dengue, no relatório de 2016, foram registrados (seis) 6 casos dengue, já no ano de 2018 foram registrados 26 casos de dengue. Em 2019 somente no primeiro semestre foram registrados 428 casos, ou seja, um aumento de1610% em relação ao ano de 2018. Se considerarmos o primeiro semestre de 2018 com relação ao primeiro semestre de 2019, a dengue em Itapema registou um aumento de 3220%.

Denúncia foi feito com base em vários documentos, reportagens e de outros alertas feitos por autoridades sobre o risco de uma epidemia de dengue em Itapema. Contudo, todos os alertas foram ignorados, somente, algumas providencias foram postas em práticas, após recomendações do Ministério Público de Santa Catarina, datado do mês de maio de 2019.

Art. 124. A responsabilidade civil-administrativa resulta de ato omissivo ou comissivo praticado no desempenho do cargo ou função. ” É importante frisar, ainda, que as esferas civil, penal e Administrativa são, em regra, independentes, por disposição da Lei 8.112/90: “As sanções civis, penais e administrativas poderão cumular-se, sendo independentes entre si”.

Para a Entidade está mais que provada as evidencias de crime, sobretudo, do risco de morte que os cidadãos estão correndo, desta feita a Olho Vivo defende que em caso de óbito da doença por esta fragrante omissão, é justo que este Governo responda por crimes contra a saúde pública é caso de polícia, (prisão), destacou o presidente da entidade, José Santana.   

Fonte: Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (DIVE/SC) boletim n° 20/2019 sobre a situação da vigilância entomológica do Aedes aegypti e a situação epidemiológica de dengue, febre de chikungunya e zika vírus, com dados até a Semana Epidemiológica (SE) n° 28 (30 de dezembro de 2018 a 13 de julho de 2019). http://www.dive.sc.gov.br/conteudos/boletim2019/Boletim_Dengue_18-07-2019/Boletim_n_20_dengue_chikungunya_e_zika_SE_28.pdf

Entramos em contato com Assessoria de Comunicação da prefeitura de Itapema para ouvir a versão do governo sobre o aumento dos casos, contudo, não obtivemos respostas.

Porto Belo emitiu uma nota:

Porto Belo capacita agentes de endemia

O Governo do Município de Porto Belo através da Secretaria de Saúde e Vigilância Epidemiológica realizou na última quinta-feira (18) uma capacitação com agentes de endemias, sobre emergências e implicações para o Município.  Um dos assuntos principais foram as arboviroses, doenças transmitidas por insetos como a dengue, zika vírus e febre chikungunya.

A coordenadora da vigilância epidemiológica Patrícia de Araújo destaca que todas as informações repassadas aos agentes de endemias foram adquiridas no Conasems em Brasília, que capacitou gestores e técnicos em saúde para que as informações pudessem chegar aos Municípios. Além das arboviroses, o Encontro Nacional também tratou do Programa Aedes da Mira. “Capacitar os agentes é prepará-los para um trabalho de qualidade, é a forma mais certa de manter o Município longe da arbovirose” – explica a coordenadora.

A agente de endemias Gabriele Silva Lima reforça a importância da capacitação para dar mais segurança aos agentes nas ações, principalmente de combate ao mosquito aedes aegypti.

Os agentes puderam entender um pouco mais sobre a adaptação do mosquito aedes aegypti ao ciclo urbano, a interferência do aumento no tráfego internacional de pessoas e produtos nas arboviroses, como o desmatamento e as urbanizações rápidas e descontroladas interferem na proliferação do mosquito e outros assuntos. 

Redação
Redaçãohttps://www.instagram.com/folhadoestadosc/
Portal do notícias Folha do Estado especializado em jornalismo investigativo e de denúncias, há 20 anos, ajudando a escrever a história dos catarinenses.
- Advertisement -
Must Read
- Advertisement -
Related News

Isso vai fechar em 20 segundos