MDB PODE APOIAR GOVERNO CORRUPTO EM SC

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O MESMO MDB QUE EM 2019 EMITIU NOTA PEDINDO A EXPULSÃO DE MEMBROS NACIONAIS CORRUPTOS, PODE AGORA VIR A “APOIAR” UM GOVERNO CORRUPTO

“Desgraça pouca é bobagem”, diz o dito popular. Traduzindo: Uma coisa ruim nunca acontece sozinha; sempre acontece algo pior depois.

É exatamente isto que pode acontecer com o “velho MDB de guerra” catarinense, de nomes tão importantes na política nacional e estadual ao longo de tantos anos e que recentemente (2016) comemorou 50 anos de história.

Ocorre que, em meio à pandemia mundial do COVID-19, a praga mais democrática entre as maldições de doenças, atingindo a todos indistintamente: Pobres, ricos, letrados, analfabetos, de crianças a idosos, todas as raças e credos, somente para exemplificar, tivemos em nosso querido Estado de Santa Catarina notícias avassaladoras e que muito nos envergonham, nos ridicularizam e nos entristece, ao mesmo tempo que nos enche de profunda raiva.

Sim, raiva que beira o ódio. Aproveitadores inescrupulosos se valeram deste momento de tristeza, sofrimento e dor, aliado ao pânico coletivo, para, inicialmente tentar, através de um “esquema ardiloso” contratar um hospital psiquiátrico (pasmem, psiquiátrico) para montar um Hospital de Campanha na bela cidade de Itajaí, ao custo de merrecas de R$ 76,9 milhões de reais para atender vítimas do COVID-19!

Não fosse o nosso Tribunal de Justiça, nossos eminentes homens e mulheres do Direito, estaríamos hoje reclamando mais esse “rombo” aos cofres do Estado.

Mas, não parou por aí, afinal, “desgraça pouca é bobagem”. Depois vieram as denúncias da compra de máscaras superfaturadas e logo em seguida a BOMBA ATÔMICA da compra dos respiradores por R$ 33 milhões.

Após, os “esquemas” dos portos de São Francisco do Sul, denunciado pelo Deputado Kennedy e de Imbituba, denunciado ao Portal Folha do Estado por um vereador, e sabe-se lá quantas outras denúncias e quantos milhões de reais estarão envolvidos.

Após a tentativa de fazer o Hospital de Campanha “super-hiper-mega-faturado”, os nossos legisladores e fiscais (deputados estaduais) resolveram abrir uma CPI para investigar tudo e, de quebra ainda ampliaram para os respiradores.

Em seguida, aportaram dois pedidos de impeachment, um deles tratando especificamente da responsabilidade do Governador Carlos Moisés em relação não só à tentativa de se construir o Hospital de Campanha, mas também em relação à um suposto crime de responsabilidade do governador do estado, que não afastou ninguém denunciado no esquema dos R$ 33 milhões dos respiradores, não tomou nenhuma atitude que pudesse dar a entender minimamente que ele não sabia de nada, que estava escandalizado com o ocorrido, que havia sido pego de surpresa, etc.

Neste ínterim, os que saíram dos cargos PEDIRAM demissão e não foram demitidos por iniciativa do Governador Carlos Moisés que, inclusive, permitiu a emissão de uma carta do governo elogiando os “relevantes trabalhos prestados” pelo ex-secretário Helton Zeferino, suspeito de fazer parte da quadrilha formada para “dilapidar os cofres do Estado”.

Vendo “a viola em caco” como se diz no jargão popular, e só não estando respirando por respiradores porque os mesmos nunca foram entregues, este “GOVERNO DA VERGONHA” tenta a todo custo sobreviver mesmo estando moribundo, em fase terminal.

E, a mais nova tentativa de sobrevivência ao que se sabe dos bastidores políticos, seria um verdadeiro “vale-tudo” para se agarrar aonde der, apelando para tudo e para todos, mesmo não se vendo nenhum “nome de peso” em toda Santa Catarina a defender o moribundo.

Aí, um “gênio da lâmpada” vendo seus poderes enfraquecidos resolveu tentar dar uma de “mágico” e tirar o “coelho da cartola”: “vamos chamar o MDB velho de guerra para nos socorrer!”, talvez tenha dito o dito cujo.

Mas o MDB catarinense, após ser feita esta conjectura, foi lançado, mesmo sem querer, bem no centro da explosão da BOMBA ATÔMICA do malfadado “COVIDÂO DE SANTA CATARINA”. Um partido deste porte, com um histórico em prol de lutas e defesas firmes dos anseios populares, com nomes extraordinários como ex-governadores Casildo Maldaner, Pedro Ivo Campos e Luiz Henrique da Silveira, somente para exemplificar, somando-se a estes o vice-governador Eduardo Pinho Moreira, com um histórico impecável perante os catarinenses, agora foi guindado como o “salvador dos corruptos”, pecha que pode ou não ser concretizada, caso aceitem fazer as vezes de “escora” para tentar salvar este governo que decepcionou 100% dos catarinenses e teve uma queda de popularidade alarmante, ao ponto do seu chefe já ter, segundo fontes oficiosas, já redigido de próprio punho uma carta-renúncia, somente aguardando os acontecimentos seguintes por parte da “tropa-de-choque” nomeada para tentar “apagar o incêndio” que não para de consumir as entranhas deste governo, agora associado em todos os grupos de redes sociais estado afora como corrupto.

Resta saber se o MDB catarinense, que em 2019 emitiu uma nota pública pedindo a expulsão de dirigentes nacionais corruptos, irá agora se “sentar e se banquetear na mesa dos corruptos”.

Acredito que a mera menção dessa possibilidade é porque alguma conversa tenha acontecido. Neste sentido até mesmo a Bíblia Sagrada menciona algo ou pode ser usado nesta ocasião: “Me diga com quem andas e direi quem és”. Esta passagem bíblica, 100% dos catarinenses cristãos (católicos e evangélicos) conhecem e é muito apropriada para o momento.

Mas, hodiernamente, Pinho Moreira, Maldaner, Mauro Mariani e os deputados Ada De Luca, Fernando Krelling, Jerry Comper, Luiz Fernando Vampiro (Líder), Mauro de Nadal, Moacir Sopelsa, Romildo Titon, Valdir Cobalchini e Volnei Weber, somente como exemplo, estão diante do dilema de se juntar à “catrefa” ou fazer coro aos anseios de uma voz quase uníssona em Santa Catarina, que pede justiça contra a corrupção, que anseia pela ampliação imediata dos leitos em hospitais e de UTI’s e equipamentos para salvar os catarinense vítimas do malfadado COVID-19 e não se aproveitar deste momento para se locupletar às custas das vidas dos catarinenses que poderão vir a tombar nesta guerra injusta por falta de respiradores em UTI’s de leitos nos hospitais e de equipamentos mínimos para que se possa sobreviver.

Estamos em guerra, mas Santa Catarina luta agora tristemente em duas frentes: Uma frente de batalha contra o COVID-19 e outra contra os corruptos que estão esvaziando os cofres aproveitando-se covardemente deste momento.

Aos catarinense que tombaram nesta guerra injusta, aos catarinenses que estão lutando esta guerra e aos catarinenses que contarão a história para os nossos netos, para as futuras gerações, resta saber se os políticos do MDB catarinense irão deixar o legado  de Casildo Maldaner, Pedro Ivo Campos e Luiz Henrique da Silveira ou o triste legado do Geddel (dos cerca de R$ 53 milhões supostamente oriundos de corrupção, presos em um apartamento e que chocou o Brasil). A pergunta é necessária diante do fato da carta pedindo expulsão destes membros feita pelo MDB catarinense, demonstrando verdadeiro asco à corrupção, em 2019, com a atual possibilidade de se juntar a um governo que perdeu a credibilidade e está sob suspeita, moribundo e que nem para eles estão conseguindo respiradores.

O MDB catarinense foi levado agora por este governo “malandro” ao epicentro de uma discussão que pode implodir com toda a sua história ou pode continuar as suas lutas sem levar a pecha da corrupção.

Me veio à cabeça em meio a este Editorial, a seguinte comparação: Se golfinhos nadarem com tubarões, também serão considerados tubarões, porque ninguém vai ficar esperando para saber se as barbatanas que aparecem levemente sobre a água é de um golfinho ou de um tubarão. Todos sairão correndo para bem longe com medo.

Neste contexto, se o MDB é “golfinho” e se juntar com os “tubarões” do atual governo, o efeito futuro será o mesmo: Todos irão correr longe da sigla.

Mas se o MDB continuar a nadar somente com outros golfinhos, ninguém jamais terá medo, ao contrário, todos amam os golfinhos!

Sem contar que, na nota de 2019, o MDB catarinense mencionou que, “não há, sequer, um só Emedebista que tolere ou que defenda corruptos e corruptores”. Quem viver, verá.

Muito provavelmente, num tribunal hipotético, onde tanto o juiz como o promotor de acusação e os jurados fossem os cidadãos catarinenses, estes corruptos covardes seriam sumariamente condenados por “homicídio triplamente qualificado, motivo torpe, com a intenção de matar, agravado pela impossibilidade de defesa das vítimas (aqueles que tombarem ou tombaram pela falta dos respiradores)”.

Finalmente, confrontado com o “dilema da mulher de César, o Governador Carlos Moisés não me pareceu ser honesto”!

E c’est fini.

Elias Costa Tenório

Jornal Folha do Estado

ÍNTEGRA DA NOTA PUBLICADA EM 2019

“O Movimento Democrático Brasileiro, o velho Mandabrasa de tantas glórias, vive um dos momentos mais tristes e vergonhosos de sua história. Depois de meio século enfrentando regimes de exceção, liderando a política nacional, transformando e conduzindo a ordem democrática em nosso País, sob a liderança dos nossos heróis Ulisses Guimarães, Pedro Simon, Pedro Ivo Campos e Luiz Henrique da Silveira e muitos outros brasileiros e catarinenses ilustres;

O MDB, agora, após longo período de liderança política, aliado a outras siglas de esquerda, se viu transformado num grande vilão, execrado pela população brasileira e sofrendo uma derrota implacável e vexatória no último pleito eleitoral.

Tudo graças a lideranças nacionais, que esqueceram as lições de seus fundadores, rasgaram sua carta estatutária e conduziram o Partido a uma crise insustentável, transformando-se num bando de corruptos e corruptores que sepultaram a história gloriosa.

Líderes e membros da Executiva Nacional vergonhosamente irresponsáveis, estão envolvidos em crimes de corrupção, alguns já condenados e cumprindo pena, outros denunciados e prestes a serem recolhidos às grades.

Não dá para suportar. Nós, aqui nas bases, sofrendo com ataques, gracejos e acusações de toda ordem, envergonhados, estamos tentando reagir.

Não queremos abandonar esta sigla, construída com muita coragem e que muito nos orgulhou. Queremos, sim, reascender a chama das vitórias, continuar fazendo história, repensando, reinventando, desfraldando sua bandeira, resgatando sua ideologia e saindo às ruas, no casa-a-casa, pedindo voto. Mas nada disso podemos fazer, sem antes, ver os corruptos e corruptores expulsos ou afastados dos cargos e quadros da própria sigla.

O MDB de Florianópolis/SC, terra de tantos líderes fundadores, honestos e de bom caráter, não aceitam mais esta situação. Exigem que todas as lideranças e ou membros da cúpula nacional condenados por corrupção, sejam expulsos sumária e imediatamente, e que todos os denunciados sejam sumária e imediatamente, afastados da sigla até que suas acusações transitem julgadas.

Foi esta a decisão tomada por unanimidade de seus membros do Diretório Municipal, reunidos dia 12 de abril próximo passado, na sede do Diretório Estadual, após intenso debate sobre a conduta e envolvimento da cúpula nacional.

Não há, sequer, um só Emedebista que tolere ou que defenda corruptos e corruptores.

A vergonha que nos domina nos entristece, mas esta mesma vergonha também nos anima e nos empurra para reação, para a luta e para a defesa da sigla e da democracia brasileira.

Exigimos expulsão sumária e imediata dos dirigentes e líderes condenados por corrupção e afastamento imediato dos dirigentes e líderes já denunciados pelas mesmas razões.

Encaminha-se a presente moção a todas as instâncias partidárias e as nossas lideranças estaduais, para que produza seus efeitos.

Florianópolis, 09 de abril de 2019 – Francisco Celso Sandrini (Presidente) e Pedro Roberto Abel (Secretário).”

Redação
Redaçãohttps://www.instagram.com/folhadoestadosc/
Portal do notícias Folha do Estado especializado em jornalismo investigativo e de denúncias, há 20 anos, ajudando a escrever a história dos catarinenses.
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