Plano de expansão do Porto de Itajaí avança com desapropriações

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O Porto de Itajaí concluiu nesta semana mais uma etapa de seu plano de expansão, ao iniciar as demolições de imóveis desapropriados na região portuária. Iniciado em outubro de 2018, o plano de extensão do espaço do complexo já contempla, no total, mais de 12 mil metros quadrados de área, com capacidade de armazenamento de até 1.700 TEUs (contêineres de 20 pés). O trânsito nas imediações também passará por melhorias, trazendo mais segurança aos arredores da zona portuária, no centro da cidade.

Segundo a Superintendência do Porto de Itajaí, esta atual etapa de desapropriações contempla 42 imóveis. Restam ainda seis imóveis a serem desapropriados, que estão em processo de negociação por vias judiciais. Para se ter uma dimensão deste novo espaço disponível, a área total é de quase metade do espaço onde está localizado o Recinto Alfandegário Contíguo (RAC), que possui 24,3 mil metros quadrados, e que será incorporado junto à retroárea do Porto de Itajaí.

No decorrer das décadas, o reaparelhamento de novas áreas para o Porto tem se mostrado determinante para o incremento de suas atividades, trazendo, como resultado, maior participação e movimentação geral no mercado nacional. Atualmente, o complexo se destaca como o segundo maior movimentador de contêineres no Brasil, responsável por 5% da balança comercial do país e 70% da balança comercial do Estado de Santa Catarina.

Prova real dessa necessidade de áreas para ampliação também está no crescimento histórico apresentado nos últimos três anos, com aumento de 150% na movimentação de contêineres. Em 2019, houve aumento de 23% em toneladas movimentadas, em relação ao ano anterior, e crescimento de 7% em relação ao mesmo período, somando 1,2 milhão de contêineres movimentados.

Para o Superintendente do Porto de Itajaí, Marcelo Werner Salles, antes de avançar com o processo de desapropriações de imóveis, junto ao planejamento de expansão portuária, importantes ações estruturantes têm sido colocadas em prática, como a recuperação dos berços e instalações portuárias.

“Mediante um planejamento estratégico, iniciado há três anos e meio, tínhamos como meta, primeiramente, a recuperação econômica e financeira do nosso porto, que passava por uma dragagem de recuperação e de profundidade. Na sequência, trabalhamos fortemente para restaurar as condições de atracação, com a conclusão das obras dos berços 3 e 4”, comenta Salles.

Paralelo a esse planejamento, a Superintendência do Porto de Itajaí também destaca a recuperação das instalações, com forte ganho operacional, e a implantação da nova Bacia de Evolução do Complexo Portuário, que vai possibilitar a entrada de navios com maior comprimento e largura.

Após conclusão das desapropriações dos imóveis no entorno da região portuária, estima-se um aumento de armazenamento de contêineres, passando de sua capacidade atual de 14 mil unidades para até 30 mil. Destaca-se, ainda, o plano de expansão de 1.500 tomadas Reefer (para contêiner de carga refrigerada) para até 3 mil unidades.

Atualmente o Porto de Itajaí atende com dois portões (Gates) e oito balanças. Finalizado o plano de expansão, no que compreende a área portuária, esta passaria de seus atuais 180 mil metros quadrados para 308 mil metros quadrados.

Melhorias no trânsito
Para viabilizar o plano de expansão, o trânsito nas imediações da região portuária também passará por alterações. Inicialmente, uma via será implantada para o desvio do trânsito de caminhões da rua Blumenau, com o deslocamento do fluxo de veículos nas proximidades da avenida Irineu Bornhausen (Caninana). Dos imóveis que foram desapropriados, a maioria será utilizada para a implantação dessas novas vias, que ficarão no limite da expansão portuária, havendo assim a liberação gradativa dessas áreas de expansão.

No mês de maio, o Município de Itajaí também iniciou as obras para criação de uma faixa exclusiva para caminhões na Caninana, no bairro São João. As obras alargarão a avenida ao longo de 600 metros, a partir da esquina com a rua Max até o Porto de Itajaí. A melhoria vai eliminar a concentração de caminhões contêineres na faixa da esquerda da avenida e diminuir os congestionamentos.

“Cremos que tão logo o Recinto Alfandegário Contíguo (RAC) seja unido à área primária do porto, aumentaremos este espaço em mais de 30 mil metros quadrados de área alfandegada, dando um salto de ganho operacional para a atividade portuária. Passo a passo, alicerce a alicerce, vamos construindo nosso porto, tão importante para a atividade econômica de Itajaí e de Santa Catarina”, destaca Marcelo Salles. 

Redação
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Portal do notícias Folha do Estado especializado em jornalismo investigativo e de denúncias, há 20 anos, ajudando a escrever a história dos catarinenses.
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