“Entre os anos de 2014 e 2017, a pobreza cresceu três pontos percentuais, atingindo 21% da população, ou 43,5 milhões de pessoas”
O Banco Mundial divulgou em seu portal, nesta quinta-feira, 05, um relatório sobre a influência dos ciclos econômicos nos indicadores sociais, e mostrou que de 2014 e 2017 (anos da recessão brasileira), a pobreza do País cresceu três pontos percentuais, atingindo 21% da população, ou 43,5 milhões de pessoas. Em 2014 o total de brasileiros que vivia nesta condição era de 36,2 milhões.
No Brasil representa um terço da população da América Latina e Caribe, houve aumento da pobreza de cerca de três pontos percentuais entre 2014 e 2017”, diz o órgão internacional no relatório para explicar os números brasileiros.
Apesar dos dados não favoráveis, o Banco Mundial vai contra alguns prognósticos e colocam a projeção de crescimento da economia brasileira para 2019 em 2,2%, e 2,5% em 2020. Para Caribe e América Latina, o banco prevê um crescimento médio ainda menor, de 1,7%. Antes o número era 0,7% maior, mas caiu devido a situação da Venezuela.
O Banco Mundial também ponderá sobre as reformas estruturais brasileiras e seus impactos no crescimento econômico, destacando o déficit fiscal de 6,9% do produto interno bruto e a dívida pública, que chega a 80% do PIB.
Cerca de metade dos países do mundo tem agora taxas de pobreza abaixo de 3%, mas o relatório conclui que o mundo, como um todo, não está no caminho certo para atingir a meta de menos de 3% do mundo a viver em pobreza extrema até 2030. Nos 25 anos entre 1990 e 2015, a taxa de pobreza extrema baixou em média um ponto percentual por ano – de quase 36% para 10%. Mas a taxa caiu apenas um ponto percentual nos dois anos entre 2013 e 2015.
Entre 2003 e 2013, o Brasil viveu uma década de progresso econômico e social em que mais de 26 milhões de pessoas saíram da pobreza. Restaurar a sustentabilidade fiscal é o desafio econômico mais urgente para o Brasil. Nota da capa do portal, sem referir a governos ou fazer comparações, revela que de 2014 em diante a miséria ganha força no país.
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