Profissionais da educação especial e infantil são os próximos a serem vacinados

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A coordenadora técnica do Comitê Estratégico de Retorno às Aulas e do Plano de Contingência Estadual para Educação (Plancon Edu Estadual), Carin Deichmann, anunciou nesta terça-feira (13), durante reunião semipresencial da Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência, que todos professores e demais profissionais da educação, principalmente do ensino infantil e da educação especial, serão os próximos a serem vacinados contra a Covid-19, após os idosos e profissionais de saúde.

Ela informou que nesta quarta-feira (14) haverá uma reunião com a Fecam (Federação Catarinense de Municípios) e a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) para definir como será feito o cadastro de todos os profissionais da educação que receberão a vacinação.
Apesar de ainda não ter data para iniciar a vacinação deste grupo que incluirá os profissionais da educação infantil e especial, a coordenadora acredita que está próximo, com a chegada de mais doses de vacinas no estado. Salientou ainda que a vacinação poderá ser em conjunto com as pessoas com comorbidades, dependendo apenas da decisão do Ministério da Saúde.

Carin informou ainda que há uma estimativa de que serão 114 mil profissionais da educação que serão vacinados, devendo receber duas doses da vacina. “No nosso planejamento vamos estabelecer os mais vulneráveis, dando prioridade à educação infantil e especial, mas todos serão vacinados.”

Na reunião da Comissão de Defesa de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência foi apresentado uma indicação à governadora interina, Daniela Reinehr (sem partido), para que seja dada prioridade de vacinação aos profissionais que atuam na educação especial. O presidente da comissão, deputado Dr. Vicente Caropreso (PSDB), enalteceu a importância da reunião que atendeu apelo da presidente da Associação dos Funcionários da Fundação Catarinense de Educação Especial, Elizete da Costa Vieira, para vacinação dos profissionais que atuam no setor.

Na reunião, Elizete explicou que estes profissionais atendem alunos deficientes que por lei não são obrigados a utilizarem máscaras e vários deles têm imunidade baixa e problemas respiratórios, por isso a necessidade urgente da vacinação dos professores. “Os nossos profissionais não estão se negando a trabalhar, mas querem ser imunizados para atenderem bem os seus alunos.”

A reivindicação da entidade recebeu apoio de todos os deputados membros da comissão e do presidente da Fundação Catarinense de Educação Especial, Rubens Feijó, e da presidente do Conselho Estadual dos Direitos da Pessoa com Deficiência (Conede) e diretora de Ensino da Fundação Catarinense de Educação Especial, Jeane Rauh Probst Leite.

Apoio incondicional
Os deputados Luciane Carminatti (PT), José Milton Scheffer (PP), Fernando Krelling (MDB) e Dr. Vicente Caropreso manifestaram total apoio à reivindicação e defenderam ainda a inclusão o quanto antes das pessoas com deficiência no grupo prioritário para receber a vacinação contra a Covid-19.

Luciane Carminatti destacou que há um projeto de lei de sua autoria que está tramitando na Casa que defende a vacinação de todos os profissionais da educação. Para a deputada, não se pode apenas pensar na vacinação dos professores, mas de todos que atuam na educação.

José Milton Scheffer defendeu que a Assembleia Legislativa, principalmente a Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência, deva ter como bandeira a vacinação das pessoas com deficiência, por apresentarem várias vulnerabilidades. Da mesma forma, Fernando Krelling defendeu a vacinação de todos os profissionais que atuam na educação especial e das pessoas com deficiência.

Para o Dr. Vicente Caropreso, ficou claro que ninguém quer passar à frente no grupo de vacinação prioritária, mas que alguns, como os profissionais que atuam na educação especial, devem ser tratados como prioritários. “Algumas pessoas com deficiência não possuem nenhum risco, porém outras que são acometidas por comorbidades e até funcionalidades requerem cuidados e suas mobilidades são reduzidas, tornando-as um grupo que precisa de uma olhar primoroso no que tange aos cuidados.”

Redação
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