SENTENÇAS DA OPERAÇÃO BRAVO ZULU RESULTAM EM CONDENAÇÃO SUPERIOR A 230 ANOS DE PRISÃO
Os presos na Operação Bravo Zulu foram condenados a penas que somam mais de 230 anos de prisão. A operação foi deflagrada em 16.03.2018, de forma conjunta pelas Polícias Civil, Federal e Militar, e teve como objetivo reprimir o tráfico de drogas por parte de uma organização criminosa atuante em Imbituba, Garopaba, Tubarão e Palhoça.
As investigações revelaram que a organização criminosa apresentava grande capacidade financeira, adquirindo e mantendo casas, carros importados e até mesmo um avião de pequeno porte.
As diligências também indicaram que empresas eram utilizadas para ocultação dos lucros provenientes do tráfico de drogas, como cocaína, maconha e drogas sintéticas, além de outros crimes. Apurou-se, ainda, que a quadrilha em questão possuía estreita ligação com uma facção criminosa atuante em território catarinense, bem como recrutava adolescentes para atuação em atividades delituosas.
As investigações auxiliaram a atuação do Ministério Público de Santa Catarina, que deflagrou duas ações penais com base nos elementos de prova colhidos. Após regular instrução e exercício do contraditório por parte dos investigados, o Judiciário de Imbituba prolatou duas sentenças envolvendo a operação: a primeira, divulgada em 15.05.2019, resultou na condenação de quatro pessoas. Já a segunda sentença, publicada em 25.06.2019, resultou na condenação de outras 14 pessoas, totalizando 18 condenados.
Além da pena privativa de liberdade, constou nas sentenças a obrigação de pagamento de multas elevadas, além do perdimento de valores, objetos e veículos adquiridos/utilizados pela organização criminosa. A identificação dos membros da organização criminosa, a comprovação e delimitação das respectivas responsabilidades e consequente êxito da operação policial foi possível em razão do trabalho integrado desenvolvido pelas Polícias Civil, Federal e Militar.
O nome da operação foi uma referência à expressão “Bravo Zulu”, que tem origem em um código de bandeiras que apresenta sinais específicos para símbolos ou grupos deles, estabelecido pelos aliados durante a II Guerra Mundial para permitir a operação conjunta de diferentes forças, como é o caso da operação. Nessa combinação de sinais, a expressão “Bravo Zulu” era usada para declarar que uma tarefa foi realizada com sucesso, ou simplesmente bem feita.