PRESIDENTE EM EXERCÍCIO DESTACA HARMONIA NA RELAÇÃO ENTRE PODERES

O presidente da República em exercício, Geraldo Alckmin afirmou nesta quarta-feira (17), que a relação entre os poderes é harmônica e, ao mesmo tempo, agitada no Brasil. Segundo Alckmin, esse cenário decorre do ambiente de diálogo, uma característica do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Vigilância Epidemiológica apresenta dados sobre violência contra mulher em Itajaí

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A Vigilância Epidemiológica de Itajaí, por meio do setor de Vigilância das Violências, lançou nesta quinta-feira (13) um novo informe epidemiológico sobre violência contra mulher em alusão à Campanha de prevenção Agosto Lilás. O relatório apresenta o total de casos notificados de violência doméstica, sexual, entre outras tipologias, nos últimos 10 anos (2009 a 2019) no município. O material completo pode ser acessado no final da página.

O objetivo do informativo é dimensionar a situação epidemiológica de Itajaí com relação a violência contra a mulher, apresentando as principais características dos casos notificados para elaboração de políticas de vigilância, prevenção, promoção da saúde e cultura da paz. Os dados foram coletados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), do Ministério da Saúde (MS), sendo que a notificação de violência é compulsória para os profissionais de saúde e não se trata de denúncia, mas sim da garantia dos direitos e cuidados em saúde.

Dados de violência em Itajaí

Nos últimos 10 anos, Itajaí notificou 2.092 casos de violência contra a mulher. No ano passado, 166 casos foram registrados pelo SINAN no município, sendo que muitas mulheres acabam sofrendo mais de um tipo de violência. A maioria das agressões notificadas no ano passado foram físicas, psicológicas, de negligência/abandono e sexual, etc. Em 33% dos casos registrados em 2019 o agressor era companheiro ou parceiro íntimo.

Do total de casos notificados entre 2009 e 2019, 53,49% foram de violência física, 28,06% de violência psicológica, 11,13% de negligência, 4,73% de violência sexual, 1,52% de tortura, 1,05% de violência financeira e 0,05% de intervenção legal (intervenção por agente legal público, como por exemplo abuso de autoridade). O relatório aponta ainda que em 74,81% dos casos notificados os prováveis autores foram do sexo masculino, em 7,50% foram do sexo feminino e em 17,69% o campo sexo do agressor foi ignorado.

Em relação ao grau de escolaridade das mulheres em situação de violência, de acordo com as notificações, 33,18% possui ensino fundamental incompleto, 22,99% ensino médio completo, 18,92% ensino fundamental completo, 12,52% ensino médio incompleto, 5,17% ensino superior incompleto, 2,78% possui ensino superior completo e 0,53% dos casos notificados foram de mulheres analfabetas. A faixa etária de mulheres mais afetada é dos 21 a 30 anos, com 37,57% das notificações. Em seguida estão as mulheres de 31 a 40 anos (16,25%) e de 41 a 50 anos (9,46%).

Maioria das mulheres é vítima do parceiro

Conforme o informe epidemiológico, o principal local de ocorrência dos atos de violência contra mulheres é a própria casa das vítimas, como apontam 67,78% das notificações. Além disso, em 36,52% dos casos notificados o agressor foi o cônjuge, 15,53% desconhecido, 11,99% ex-cônjuge, 3,20% namorado, 3,05% ex-namorado, 6,50% conhecido e em 6,35% dos casos notificados a agressão partiu de outras pessoas não especificadas.

De acordo com uma das técnicas da Vigilância Epidemiológica, Carmen Dacol, os dados mostram que a violência contra as mulheres é cometida, na sua maioria, por homens com quem as vítimas mantêm ou mantiveram uma relação afetiva.

Estimativas globais publicadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam ainda que aproximadamente uma em cada três mulheres (35%) em todo o mundo sofreram violência física e/ou sexual por parte do parceiro ou de terceiros durante a vida. Em todo o mundo, quase um terço (30%) das mulheres que estiveram em um relacionamento relatam ter sofrido alguma forma de violência física e/ou sexual na vida por parte de seu parceiro.

“A violência contra mulher é um grande problema de saúde pública e de violação dos direitos humanos. Com esse informe queremos alertar sobre a importância de se combater essa situação, principalmente neste mês, em que realizamos a campanha de prevenção à violência contra mulher Agosto Lilás”, destaca Thamara Garcia Del Mir, técnica da Vigilância Epidemiológica e coordenadora da Rede de Atenção Integral às Pessoas em Situação de Violência.

Denuncie!

Pessoas vítimas de violência podem denunciar o agressor pelos telefones: 190 (Polícia Militar), 181 (Polícia Civil), 153 (Guarda Municipal), 180 (Canal de Atendimento à Mulher) e 100 (Disque Direitos Humanos). Em casos de ferimentos, acione o Corpo de Bombeiros pelo telefone 193 ou Samu pelo 192 

Redação
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Portal do notícias Folha do Estado especializado em jornalismo investigativo e de denúncias, há 20 anos, ajudando a escrever a história dos catarinenses.
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